A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, foi um evento cultural que ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo de 13 a 17 de fevereiro de 1922.
Contou com exposição de pinturas, esculturas e maquetes arquitetônicas, além de conferências e concertos nas noites dos dias 13, 15 e 17. Foi financiada principalmente por membros da elite paulista que haviam enriquecido com a produção cafeeira. Os participantes da Semana almejavam uma renovação cultural no Brasil por meio de novas técnicas na pintura, literatura, arquitetura, escultura e música.
Apesar de ter tido pouca reverberação na mídia da época, a realização da Semana se tornou um marco na história do modernismo no Brasil e dando início à chamada fase heroica do modernismo, uma vez que muitas ideias trabalhadas de forma incipiente no evento, como a ruptura com o passado, a destruição e a incorporação, foram aprofundadas ao longo da década de 1920, tendo como efeito a criação de grupos como a Antropofagia e o Verde-Amarelismo.
O Correio Paulistano e O Estado de São Paulo atribuiu a autoria da ideia da criação da Semana de Arte Moderna a Graça Aranha, porém é mais provável que a iniciativa tenha surgido de Emiliano Di Cavalcanti após ouvir Marinette Prado recordando-se do festival cultural que ocorrera em Deauville, a Semaine de Fêtes.
A escolha do ano de 1922 para a realização do evento foi uma tentativa de tornar a comemoração do Centenário da Independência do Brasil em manifesto de emancipação artística. Assim sendo, em 1921, o grupo estabeleceu contato com empresários com prestígio na sociedade para patrocinar o evento, tais como Antônio Prado Júnior, Armando Penteado, José Carlos de Macedo Soares, Olívia Guedes Penteado e Oscar Rodrigues Alves. Em seguida, buscou-se René Thiollier, da direção do Jornal do Commercio, que se encarregou de entrar em contato com o administrador do Theatro Municipal para fazer a reserva nos dias de 11 a 17 de fevereiro. Dentre todos os nomes da elite cafeeira paulista que ajudaram a financiar o evento, Paulo Prado é o que se destaca, principalmente por ter influenciado outros investidores a contribuírem para a realização da Semana.
Personagens:
Anita Malfatti
Antônio da Silva Prado Júnior
Armando Álvares Penteado
Di Cavalcanti
Graça Aranha
Heitor Villa-Lobos
John Graz
Manuel Bandeira
Mário de Andrade
Menotti Del Picchia
Oswald de Andrade
Regina Graz
Tácito de Almeida
Vicente do Rego Monteiro
Victor Brecheret
Yan de Almeida Prado
Zina Aita
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Semana de Arte Moderna de 1922