Bossa nova é o gênero musical resultante de um movimento de transformação do samba irradiado a partir da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro no final da década de 1950 e que, por conseguinte, passou a dar nome ao estilo de interpretação e acompanhamento rítmico dele surgido, que ficou conhecido como “batida diferente”.
De acordo com o musicólogo Gilberto Mendes, a vertente era uma das “três fases rítmicas do samba”, na qual a "batida" da bossa havia sido extraída a partir do "samba de raiz".
Segundo o jornalista Ruy Castro, a bossa nova era “uma simplificação extrema da batida da escola de samba”, como se dela tivessem sido retirados todos os instrumentos e conservado apenas o tamborim.
Suas letras abordavam temáticas leves e descompromissadas, contrastando com as letras dos sucessos de rádio da época, em que prevaleciam os chamados sambas de fossa. A forma de cantar também se diferenciava da que se tinha na época.
As figuras centrais do movimento Bossa Nova são Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto. O único show ("O Encontro") que reuniu este trio aconteceu em 1962, na boate carioca Au Bon Gourmet que também teve a participação do quarteto vocal Os Cariocas e do baterista Milton Banana
A palavra "bossa" apareceu pela primeira vez na década de 1930, em "Coisas Nossas", samba de Noel Rosa: "O samba, a prontidão/e outras bossas,/são nossas coisas (...)".[8] A expressão "bossa nova" passou a ser utilizada também na década seguinte para aqueles sambas de breque, baseado no talento de improvisar paradas súbitas durante a música para encaixar falas.
Os cantores Dick Farney e Lúcio Alves, que fizeram sucesso nos anos da década de 1950 com um jeito suave e minimalista de cantar - em oposição a cantores de grande potência sonora de gerações anteriores como Vicente Celestino, Nelson Gonçalves, Silvio Caldas e Dorival Caymmi - foram influências nos futuros artistas da bossa nova.
O marco inicial da bossa nova foi o lançamento da música "Chega de Saudade", de autoria de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, lançada originalmente por Elizeth Cardoso em abril de 1958, em seu álbum Canção do Amor Demais. Convidado por Jobim, João Gilberto tocou violão nessa faixa e em "Outra Vez" (Tom Jobim).
Aloysio de Oliveira
Baden Powell
Bebeto Castilho
Billy Blanco
Carlos Lyra
Chico Feitosa
Dick Farney
Dolores Duran
Dorival Caymmi
Durval Ferreira
Elizeth Cardoso
Hélcio Milito
João Donato
João Gilberto
Johnny Alf
Leny Andrade
Lúcio Alves
Luís Carlos Miele
Luiz Bonfá
Luiz Eça
Maysa
Nara Leão
Newton Mendonça
Oscar Castro-Neves
Paulo Moura
Ronaldo Bôscoli
Sérgio Ricardo
Sylvia Telles
Tom Jobim
Vinicius de Moraes
Wilson Simonal
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